sábado, 21 de junho de 2014

ENXERGANDO O INDIVÍDUO EM SUA TOTALIDADE 


Quando deparamos com um aluno com deficiência, nosso olhar deverá estar voltado para o todo, ou seja, devemos enxergar o indivíduo. Aquele que tem dificuldades, mas também tem habilidades e competências. E no trabalho do AEE seremos esse mediador que proporcionarão meios e estratégias para que esse aluno consiga desenvolver suas potencialidades eliminando as barreiras existentes. É primordial também que conhecemos esse indivíduo profundamente para sabermos onde nos direcionarmos.O texto de Ìtalo Calvino´´ O modelo dos modelos ´´, nos traz a certeza de que somos todos diferentes,  e de que o professor deve levar em consideração a realidade de cada aluno, buscando aquilo que melhor irá auxilia-lo e destacando suas capacidades e não suas incapacidades. 

domingo, 18 de maio de 2014

RECURSOS E ESTRATÉGIAS EM BAIXA TECNOLOGIA PARA ALUNOS COM TGD(TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO)



Material feito de EVA, botão, pote de iogurte e garrafa pet.
Objetivo: estimular a atenção, concentração, sequencia, números e quantidade.







Material confeccionado com papel cartão, imagens e letras

Objetivo: Desenvolvimento da leitura, escrita, coordenação motora e concentração.





Prancha de comunicação aumentativa e alternativa
Objetivo: uma forma alternativa para comunicar com o aluno autista. Prancha com alternativas de escolhas sobre o que o aluno deseja fazer.
Historinha enigmática
Objetivo: estimular a imaginação, a linguagem e a concentração

terça-feira, 8 de abril de 2014

SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA

“Surdocegueira é uma condição que apresenta outras dificuldades além daquelas causadas pela cegueira e pela surdez. O termo hifenizado indica uma condição que somaria as dificuldades da surdez e da cegueira. A palavra sem hífen indicaria uma diferença, uma condição única e o impacto da perda dupla é multiplicativo e não aditivo.” (Lagoti,1995, p 306- “A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar”,2010).

   São consideradas pessoas com deficiência múltipla aquelas que “têm mais de uma deficiência associada. É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social” (MEC/SEESP,2002).
  “Considera-se uma criança com deficiência múltipla sensorial aquela que apresenta deficiência visual ou auditiva, associada a outras condições de comportamento e comprometimentos, sejam elas na área física, intelectual ou emocional, e dificuldades de aprendizagem.” (MEC/SEESP/2006).
   Favorecer o desenvolvimento do esquema corporal da pessoa com surdocegueira ou com deficiência multiplica é uma necessidade específica das duas deficiência e de suma importância. Esses indivíduos precisam se autoconhecer e perceber o mundo a sua volta para assim poder adquirir autonomia, equilíbrio postural, a articulação e a harmonização de seus movimentos. O trabalho com o aluno com deficiência multiplica e com surdocegueira implica em constante interação com o meio ambiente.
   O tato depois da visão e da audição, é o que pode oferecer mais informações(Alvarez,1991) para pessoas com surdocegueira.E segundo Carvajal(1997), o tato é o sinônimo de comunicação para as pessoas com surdocegueira.
   A comunicação das pessoas com surdocegueira é uma grande barreira. Mas havendo oportunidades tudo é possível. Primeiramente deve ser aproveitado os resíduos auditivos que a pessoa possui. E os primeiros momentos de comunicação deve ser através de objetos concretos. É preciso estar atento ao contexto no qual os comportamentos, as manifestações ocorrem e sua frequência, para assim compreender melhor o que o aluno tem a intenção de comunicar e responder. E é o aluno que escolhe o que é melhor pra ele, e devemos respeitar isso. Com o uso de calendários poderá organizar a rotina, usando os objetos de referência e as pistas para que haja uma comunicação. Outra forma de comunicação das pessoas com surdocegueira é a LIBRAS ,TADOMA(Sistema de comunicação na qual a pessoa com surdocegueira recebe a fala através do tato, a mão da pessoa com surdocegueira é colocada no queixo e nas faces da pessoa falante para perceber todo sistema fonoarticulatório da palavra), DACTILOLOGIA etc.
   O guia-intérprete é um profissional que também irá auxiliar na comunicação da pessoa com surdocegueira, onde vai fazendo a descrição visual e passando as informações.
  

   A comunicação com pessoas que adquirem a surdocegueira após ter uma língua é muito diferente da utilizada pelas pessoas com surdocegueira congênita, já que os primeiros possuem 
um nível de pensamento simbólico e “costumam conservar a linguagem no transcorrer de suas vidas, caso não aconteçam circunstâncias especiais”. A comunicação permite à pessoa com surdocegueira adaptar-se e integrar-se e isto “baseia-se na utilização intensiva de todos os recursos sensoriais que ainda possuem: resíduos visuais e/ou auditivos, tato, olfato, paladar, mas é o sentido do tato que adquire uma especial relevância nas suas necessidades de comunicação, de aquisição de conhecimentos e de aprendizagem”.

Os sistemas de comunicação utilizados pelas pessoas com surdocegueira podem ser divididos em alfabéticos e não alfabéticos. Os sistemas alfabéticos são: alfabeto datilológico, alfabeto da escrita manual, placas alfabéticas, e meios técnicos com saída em braile. E os sistemas não alfabéticos são: Língua de Sinais e Tadoma.








Ensinando o alfabeto com letra cursiva na palma da mão.(surdocegueira)






domingo, 9 de março de 2014

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DO ALUNO COM SURDEZ
Com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (2008), surge o Atendimento Educacional Especializado para pessoas com surdez. Esse atendimento tem como função organizar o trabalho complementar para a classe comum, com vistas à autonomia e a independência social, afetiva, cognitiva e linguística da pessoa com surdez na escola e fora dela.
               Nesse sentido, mais do que uma língua as pessoas com surdez precisam de ambientes educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento e exercitam a capacidade em perceptiva-cognitiva, e que explore suas capacidades em todos os sentidos. Porém, se só a posse de uma língua bastasse para aprender, as pessoas ouvintes não teriam problemas de aproveitamento escolar, já que entram na escola com uma língua oral desenvolvida.



A aquisição da língua de sinais, de fato, não é garantia de uma aprendizagem significativa. O ambiente em que a pessoa com surdes está inserida, em especial, o da escola comum, uma vez que não lhe oferece condições para que se estabeleçam mediações simbólicas com o meio físico e social, não exercita ou provoca a capacidade representativa dessas pessoas, consequentemente, compromete o desenvolvimento do pensamento, da linguagem e da produção de sentidos.
               Compreendemos que o fracasso do processo educativo das pessoas com surdez é um problema da qualidade das práticas pedagógicas e não um problema somente focado nessa ou naquela língua ou mesmo numa diferença cultural, envolvendo outra cultura, uma comunidade com identidades surdas próprias.
               A atenção das Pessoas com Surdez devem estar centrada, primeiramente, no potencial natural que esses seres humanos têm independente de deficiência, diferença, limites ou mesmo do marcador surdo. O segundo foco deve ser a transformação da escola e das suas práticas pedagógicas excludentes em inclusivas.

O trabalho pedagógico com os alunos com surdez nas escolas comuns, deve ser desenvolvido em um ambiente bilíngue, ou seja em um espaço em que se utilize a Língua de Sinais e a Língua Portuguesa.
               Conforme Damázio (2005), para que essa educação seja eficaz deverá adotar a Pedagogia Contextual Relacional. O sentido dessa pedagogia encontra-se em formar o ser humano, com base em contextos significativos, em que se procura desenvolvê-lo em todos os aspectos possíveis, tais como: na vontade, na inteligência, no conhecimento e em ideias sociais, despertando-o nas suas qualidades e estabelecendo um movimento relacional sadio entre o ser e o meio ambiente, descartando tudo que é inútil, sem valor real para a vida. E segundo essa mesma autora o AEE PS envolve três momentos didático-pedagógicos, que são:
·         Atendimento Educacional Especializado EM LIBRAS;
·         Atendimento Educacional Especializado para o ENSINO DA LINGUA PORTUGUESA
·         Atendimento Educacional Especializado para o ensino de LIBRAS.




O AEE em Libras fornece a base conceitual dos conteúdos curriculares desenvolvidos na sala de aula. Esse atendimento contribui para que o aluno com surdez participem das aulas.
 Atendimento Educacional Especializado para o ensino de Libras na escola comum, no qual os alunos com surdez terão aula de Libras, favorecendo o conhecimento e a aquisição, principalmente de termos científicos. Este trabalho é realizado pelo professor e ou instrutor de Libras (preferencialmente surdo.).

Momento do Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa, no qual são trabalhadas as especificidades dessa língua para pessoas com surdez. Este trabalho é realizado todos os dias para os alunos com surdez, à parte das aulas da turma comum, por uma professora de Língua Portuguesa, graduada na área, preferencialmente.